
Segundo um funcionário do governo, é esperado que o crescente número de recrutas multi-étnicos faça com que o exército sul-coreano se torne mais multicultural a partir de 2025. O Ministério da Defesa prevê que o número de coreanos, fruto de famílias miscigenadas atinja uma média de 8,5 por ano entre 2015 e 2031. “O aumento no número destes soldados inevitavelmente irá deixar o exército mais multicultural”, conta o oficial. “O ministério já começou a estudar medidas para lidar com essa mudança”.
O aumento no número de soldados multi-étnicos é atribuído ao aumento na quantidade de jovens mestiços, que em 2006 era 25.000, e em 2015 cresceu para 208.000.
O funcionário disse ainda que, como o número de mestiços está aumentando, os soldados sul-coreanos estão cada vez mais entrando em contato com diferentes culturas, o que fará do exército um ambiente estável. “Nós precisamos respeitar e entender as diferentes culturas, para que assim o exército possa abrigar essa diversidade”.
Como parte desses esforços, o Ministério da Defesa planeja fazer uma pesquisa sobre a compreensão que os soldados têm do multiculturalismo, e da discriminação contra soldados de diferentes culturas. Essa pesquisa pode resultar no desenvolvimento de materiais didáticos que ajudariam os militares nessas questões. Além disso, nessa segunda metade do ano o Ministério vai contratar uma empresa privada para analisar as características das ações discriminatórias que os soltados mestiços sofrem.
Na Coreia do Sul, os homens saudáveis são obrigados a servirem ao exército por dois anos. Vale lembrar que, tecnicamente, a Península Coreana se encontra em Guerra. Isso porque a Guerra da Coreia (1950-1953) terminou com uma trégua de ambas as partes, e não com um Tratado de Paz, que é o documento necessário para se dar o fim a uma Guerra.
Para entender um pouco mais sobre a geopolítica da Coreia, fiquem de olho na coluna da Marcelle Torres aqui no KoreaPost. Ela sempre comenta sobre a situação atual da Península.
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