
Um mês depois de serem atingidos com uma segunda rodada de deserções, trabalhadores em vários restaurantes norte-coreanos na China, dizem ter sido ordenados por seu governo para parar de servir todos os clientes sul-coreanos, levando à especulação de que os dois incidentes podem estar relacionados. O Global Times relata que a proibição de clientes sul-coreanos se estende por toda a China.
“É uma ordem do governo que todos os restaurantes em Shenyang e em todo o país parem de servir os clientes da Coreia do Sul“, disse uma garçonete não identificada, que trabalha no restaurante Peony em Shenyang, Liaoning. “Os garçons precisam impedir muitos sul-coreanos de entrar no restaurante, quase todos os dias, e os clientes apenas saem sem reclamar“, ela disse, acrescentando que a proibição vai continuar indefinidamente, sem qualquer explicação.

A proibição foi confirmada em outro restaurante norte-coreano em Shenyang, enquanto a recepcionista de um restaurante norte-coreano em Dandong (Liaoning), tentou contornar completamente o problema, dizendo que seu restaurante nunca chegou a receber clientes sul-coreanos.
O jornal japonês Yomiuri Shimbun, informou semana passada que os restaurantes da Coreia do Norte, com sede em Pequim e Dandong, estão implementando a proibição aos clientes sul-coreanos em todo o país . No entanto, a acusação é negada pelos restaurantes norte-coreanos que tem suas principais unidades em Pequim, tais como o restaurante Pyongyang Urban e o Hae Dang Hwa, que dizem receber clientes da Coreia do Sul diariamente.

O governo sul-coreano já havia pedido aos seus cidadãos que abstenham-se de comer em restaurantes norte-coreanos quando estiverem no exterior.
Treze trabalhadores norte-coreanos desertaram em Abril em um restaurante em Ningbo, seguidos por mais três trabalhadores de um restaurante em Shaanxi, em Maio.
Desde que as sanções econômicas foram impostas à Coreia do Norte, restaurantes servidos por norte-coreanos têm estado sob pressão para enviar o chamado “dinheiro de lealdade“, de volta para casa. No entanto, as leis anti-hedonismo mantiveram muitos chineses longe de frequentar estes estabelecimentos de luxo, onde os clientes podem pagar até 1.300 yuans (aprox. R$645,00) para ter trabalhadores cantando para eles enquanto jantam.
A maioria dos restaurantes norte-coreanos estabelecidos na China são operados usando investimentos chineses e funcionários norte-coreanos.
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