A Coreia do Sul decidiu repassar o numerário do Fundo Japonês para Mulheres de Conforto para as mulheres coreanas sobreviventes que sofreram escravidão sexual pelas tropas japonesas durante o período de domínio colonial japonês sobre a Península Coreana décadas atrás, afirmou o Ministério das Relações Exteriores.
O governo irá fornecer 100 milhões de wons (R$ 33 Milhoes) para as vítimas sobreviventes, que foram forçadas a servir em bordeis militares, e outros 20 milhões de wons (R$ 66 Mil) para os familiares das vítimas já falecidas, de acordo com o ministério.
O dinheiro estará disponível assim que a transferência de 1 bilhão de yens (R$ 34 milhões) for feita pelo governo japonês, os quais foram prometidos para firmar o acordo histórico de dezembro sobre a questão diplomática de longa data.
“O montante está sendo destinado para restaurar a honra e dignidade das mulheres vítimas de exploração e para curar suas feridas emocionais” disse o ministro.
A quantia exata de dinheiro a ser concedida a cada vítima ou às famílias afetadas pode variar dependendo das necessidades individuais, afirmou o ministro. Será distribuído em grande parte ao longo de um período de tempo ou, caso seja necessário, oferecido em uma parcela só.
Elegíveis a receber o dinheiro são as 46 vítimas sobreviventes e suas famílias e as famílias de 199 mulheres de conforto que faleceram antes do acordo ser assinado no fim do ano passado. A urgência se deve ao fato de que seis sobreviventes já faleceram desde a assinatura do acordo. Todas foram oficialmente registradas como vítimas de escravidão sexual.

O restante do dinheiro, estimado em cerca de 2 bilhões de wons, será disponibilizado para projetos de auxílio as vítimas, disse o ministro. O 1 bilhão de yens prometidos pelo Japão é esperado ainda este mês, de acordo com observadores e será enviado por transferência para a fundação.
“Os projetos para as vítimas serão determinados pela fundação, baseados no pensamento de cada governo sobre o que é apropriado e de acordo com o acordado entre os dois países em 28 de dezembro” afirmou o ministro.
(Yonhap)
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