O Instituto de Moda Samsung (IMS) anunciou no fim de dezembro sua seleção dos 10 maiores problemas da indústria de moda coreana desse ano. A lista inclui várias mudanças na própria indústria como também nos negócios e nas tendências de consumo, mas foi marcada pela estagnada luta da indústria para sobreviver ao invés de focar em seu crescimento.
O crescimento econômico decepcionante e a falta de vontade em gastar muito dos consumidores, levaram à um numero crescente de compradores buscando por produtos com uma boa relação de custo-benefício, e as roupas com preços mais elevados, como ternos, passaram a ser vendidas a preços muito mais baixos.
Roupas que podem ser usadas em mais de uma estação ficaram muito populares, particularmente com o longo verão e a chegada antecipada do inverno desse ano.
O surgimento do grupo de consumidores composto por homens em seus 40 anos foi especialmente notável.

Este grupo em particular, cujos integrantes cresceram experimentando grandes mudanças culturais, tornaram-se uma chave demográfica determinada pela constante busca por higiene pessoal, atenção às últimas tendências e alto poder aquisitivo, incitando as empresas de cosméticos, vestuário e design de interiores a desenvolverem produtos especificamente voltados para eles.
O instituto também indicou o crescimento de marcas “SoHo”, marcas de roupas menores e que muitas vezes são populares em lojas online, notando que os consumidores estão cada vez mais em busca de designers com orçamento amigável e marcas “comuns” como Zara ou UNIQLO, que se comparam à lojas populares como no Brasil temos a C&A e a Renner.

Outros problemas incluíam a expansão dos serviços “online-to-offline” (uma estratégia de marketing que faz os consumidores conhecerem os produtos via internet e através disso os leva a irem nas lojas físicas), o surgimento de lojas específicas de cada região, o aumento da popularidade da K-Fashion, em sua maioria entre consumidores chineses, e a onda athleisure, de produtos que basicamente são peças esportivas mais estilosas e que podem ser usadas para outras ocasiões.

Enquanto isso, o instituto antecipou que a indústria de vestuário verá uma crescente demanda por “conteúdo diferenciado” em 2017, considerando o crescente consumo destacando a individualidade.
Serviços de portaria para fornecer informações e serviços personalizados aos clientes, também estão entre as tendências de popularização.
“As preferências da moda serão segmentadas em 2017”, disse um funcionário da IMS, “Juntamente com o avanço tecnológico na inteligência artificial, muitos dados e realidade virtual, a indústria verá uma grande mudança de paradigma em suas operações comerciais”.
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