Organizações civis e ativistas realizaram uma série de eventos em honra às vítimas de escravidão sexual durante a dominação Japonesa, incluindo uma exposição de centenas de pequenas estátuas simbolizando as chamadas “mulheres de conforto”.
Um total de 500 estátuas da garota símbolo das Mulheres de Conforto foram expostas na Praça do Rio Cheongye no centro de Seul para marcar o dia internacional, que foi criado para comemorar o primeiro testemunho público em 1991 por uma vítima de escravidão sexual, Kim Hak-soon.
Também é a véspera do dia da Libertação, que marca a independência da Coreia do jugo colonial do Japão que durou de 1910 a 1945.

O testemunho de Kim atraiu atenção internacional e gerou indignação sobre a atrocidade.
A exposição, organizada pelo Conselho Coreano para Mulheres Recrutadas para Escravidão Sexual Militar pelo Japão, começou às 8 da manhã e estava programada para encerrar oito horas e 14 minutos depois, simbolizando o dia de 14 de agosto.
Após a exposição, o conselho pretende distribuir as estátuas para aqueles que doaram 50.000 won (US$ 44) ou mais para as vítimas.
O conselho também planeja realizar performances culturais e eventos para angariação de fundos na praça. Um dos eventos será uma sessão de autógrafos de uma das vítimas sobrevivente, Kil Won-ok, que recentemente lançou um álbum musical.

No início do dia, cinco ônibus públicos começaram o serviço transportando uma estátua de mulher para comemorar o dia das mulheres de conforto. A canção folclórica tradicional coreana, Arirang, tocava quando os ônibus passavam pela Embaixada do Japão no centro de Seul.
Grupos de mulheres também planejam manifestações em frente à Embaixada do Japão para denunciar um acordo entre os dois países para resolver a questão. O acordo, fechado no final de 2015, tem sido muito impopular devido ao criticismo de que teria falhado em refletir as vozes das vítimas. Os grupos também disseram que realizarão uma campanha de coleta de assinaturas para pressionar a resolução do problema.
As cidades do interior também planejam cerimônias para expor mais estátuas simbolizando as mulheres de conforto, incluindo a cidade de Gwangju e Yongji.
Historiadores estimam que até 200.000 mulheres, em sua maioria coreanas, foram forçadas a trabalhar nos bordéis da linha de frente para soldados japoneses durante a Segunda Guerra Mundial devido ao colonialismo japonês entre 1910 e 1945. O Japão, a muito tempo, tenta calar esta atrocidade.
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