Artistas de K-pop de vários gêneros expressaram abertamente seu apoio ao movimento Black Lives Matter – BLM (Vidas Negras Importam) nos Estados Unidos, condenando o racismo e prestando homenagem à cultura afro-americana como uma importante fonte de inspiração para o K-pop moderno.
O artista de R&B Crush está entre os artistas que levantaram suas vozes através das mídias sociais e realizaram doações. O cantor, estrela do hip-hop, postou na segunda-feira uma imagem que dizia: “Não basta ser discretamente não-racista, agora é a hora de ser vocalmente antirracista”.

Junto com a imagem, Crush escreveu: “Muitos artistas e pessoas ao redor do mundo se inspiram muito na cultura e na música negra, inclusive eu. Temos o dever de respeitar todas as raças.”
Jay Park, fundador do selo de hip-hop H1GHR Music, também foi ao Instagram para expressar raiva contra o assassinato de George Floyd pela polícia dos EUA, que alimentou a raiva e os protestos por toda a América.

“Ninguém quer admitir isso porque todos têm medo de assumir a responsabilidade por incontáveis anos de tratamento injusto e desumano”, disse Park sobre o racismo na América.
A H1GHR Music adiou o lançamento de uma faixa produzida em colaboração entre Park e colegas de gravadora Sik-K e Haon, em solidariedade ao movimento Blackout Tuesday, no qual as principais gravadoras americanas decidiram pela moratória de um dia nos negócios como forma de se identificar com o protesto.
A gravadora também publicou uma foto de seus artistas segurando cartazes do Black Lives Matter e anunciando sua recente decisão de doar 21 mil dólares para a Organização Black Lives Matter.

O integrante do GOT7, Mark também escreveu no Twitter, “Permaneça forte, permaneça seguro”, juntamente com um link de site para fornecer apoio e doações para o movimento BLM. Ele também anexou uma imagem mostrando que ele doou 7 mil dólares para a causa.
Amber, cantora-produtora e ex-integrante do grupo f (x), teve uma postura crítica sobre o assunto, atacando o presidente dos EUA, Donald Trump, pelo que ela descreveu como “promover o racismo”. “Precisamos ficar juntos porque nossos irmãos e irmãs da comunidade negra estão morrendo apenas por existir”, escreveu Amber no Twitter.
Eric Nam também expressou raiva, pedindo envolvimento e engajamento – “Não importa qual a cor da sua pele, isso afeta você. O racismo não está morto”, afirmou seu recente post no Twitter. “Assine as petições, levante a voz e faça o que puder.”
Jae da banda DAY6 também compartilhou detalhes de sua doação ao Minnesota Freedom Fund, um fundo americano sem fins lucrativos local que apoia a causa BLM.

A cantora Yubin, ex-integrante do Wonder Girls, também postou uma imagem com o Black Lives Matter traduzida para vários idiomas diferentes. Jo Kwon, do 2AM, também escreveu em coreano: “Não é problema deles, é da humanidade”, com a hashtag #blacklivesmatter e #georgefloyd.
Johnny, do NCT 127, também postou no Instagram: “Por favor, permitam que todos fiquem seguros. Eu vejo você, eu me importo com você”, com a hashtag BLM.
As respostas nacionais e internacionais dos fãs do K-pop têm sido positivas, com elogios e agradecimento aos artistas por arregaçar as mangas para mostrar apoio à comunidade afro-americana, que tem uma crescente base de fãs do K-pop em diversos países.
No entanto, alguns argumentam que os artistas de K-pop, dada sua crescente influência no cenário internacional, podem fazer muito mais, exigindo que a mensagem e o apoio das estrelas sejam ampliados e sustentados.
“Precisa ser algo em que eles continuem acreditando e implicando em suas ações como ídolo e ser humano. Queremos doações. Queremos apoio direto”, disse Ahomari Turner, 28 anos, de Columbia, Carolina do Sul.
Turner, um podcaster afro-americano e fã de K-pop desde 2008, acrescentou que “apreciaria se fizessem mais”.
Os observadores também apontaram que a cultura da indústria K-pop possui obrigações contratuais estritas, potencialmente agindo contra artistas que fazem ações e declarações mais fortes.
“Os ídolos que se manifestaram, mesmo que seja o mínimo, tem o nosso apreço. Isso me permite saber que eles estão cientes e, esperançosamente, isso alcançará os fãs coreanos”, disse Chermel Porter, um escritor de música freelancer afro-americano com sede em Nova Jersey.
“No final, apenas porque um grupo não se manifesta, isso não significa que eles não sabem o que está acontecendo. Eu entendo a questão do contrato de algumas agências.”
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