Às vezes pensamos, “O nosso país é assim, mas como será em outros países?” e “Será que isso acontece somente no meu país?”. É difícil saber os pensamentos e culturas de outras nações, quando não se tem a oportunidade de conhecer pessoalmente. Mas no programa da JTBC ‘비정상회담 (Abnormal Summit)’, podemos conhecer um pouco sobre essas culturas.
O programa conta com a participação de representantes de vários países, onde contam histórias e discutem as diferenças culturais. Com o tema “Eu acho que meu país é muito ruim de viver, eu sou anormal?”, que foi para o ar em julho, as discussões entre os representantes do Brasil e Egito, chamou atenção dos telespectadores.
Carlos Gorito nasceu na cidade de Resende, Rio de Janeiro, em 1986. Estudou na área de economia e política internacional, no Rio Grande do Sul, e em 2008 foi estudar na Universidade de Seul, para aprender a língua coreana. Escreveu uma matéria sobre As relações comerciais entre a Coreia e a China, que foi reconhecido pela UCLA.
Atualmente, gerencia os estudantes brasileiros que vão fazer intercâmbio na Coreia do Sul, no departamento de educação, na Embaixada Brasileira. Ele é responsável pela segurança dos estudantes e também ajuda a conseguir estágios nas empresas coreanas. Durante 3 anos, com sua dedicação, conseguiu empregar mais de 500 estudantes brasileiros para aproximadamente 100 empresas coreanas.
Foi convidado para participar da ‘Cúpula Anormal’, quando decidiu mostrar para os coreanos através do programa, que no Brasil existem várias coisas a serem exploradas e que o país não se define apenas em samba e futebol. No começo, passou por algumas dificuldades, mas contou com a ajuda do apresentador coreano Yoo Se-yoon e o membro italiano Alberto Monte.
O Alberto (Itália), Przemysław Krompiec (Polônia) e Andreas Varsakopoulos (Grécia) são amigos mais íntimos. Nikolai Johnsen é o mais “bebum” dos membros estrangeiros, e Carlos confessa que, se encontram, passam a noite inteira bebendo e conversando sobre vários assuntos, assim, desenvolve uma amizade global.
Este ano completa 7 anos que se mudou para o outro lado do mundo, e revela que ‘doganitang – 도가니탕’ e ‘galbi kimtchi jjim – 갈비김치찜’ são seus pratos favoritos. Elogiou especialmente o ‘makgeolli – 막걸리’, por ter um sabor que não encontramos no Brasil. Além da culinária coreana, a vida prolongada na Coreia do Sul, também influenciou na opinião sobre as mulheres. Ainda solteiro, elogiou e disse que se tiver oportunidade, pensa em casar com uma coreana.
Entre vários lugares, ‘haeundae – 해운대’ foi o local que mais chamou sua atenção. Um ambiente semelhante à Resende, sua terra natal, diz visitar todo verão quando se lembra do carnaval no Brasil. Assim que for possível, pretende visitar a ilha de Dokdo, afirma e confirma “Dokdo é nossa terra”.
Pedimos alguns conselhos para passar aos jovens brasileiros que se interessaram pela Coreia do Sul, com influência na onda do hallyu. Carlos afirmou que a Coreia do Sul realmente não é um país que como apresentado nas novelas, filmes e MVS.
“Mesmo com a formação universitária, as pessoas não conseguem empregos, por isso os estudantes passam por estresses. Para os estudantes brasileiros que estudam meio período é difícil entender os estudantes coreanos, que acordam de madrugada e ficam até o amanhecer, estudando. Mas, a verdade é que mesmo assim, é difícil sobreviver profissionalmente na Coreia. Se não estiver preparado para “se matar” nos estudos, é melhor rever a sua ida para a Coreia do Sul. Se você estiver procurando uma vida fácil e confortável, eu acho que a Coreia não é um país ideal”, aconselhou Carlos Gorito.Por fim, Carlos está se dedicando para que os estudantes brasileiros possam receber uma educação de qualidade em um ambiente adequado, e diz que o seu sonho é abrir caminhos e oportunidade para o futuro desses jovens.
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Adorei a entrevista! Torcendo para que tenha mais novidades sobre membros do Abnormal e como é o dia dia de Carlos e seus amigos. Do que mais valeu a pena e onde ficou decepcionado. Dicas de sobrevivência na koreia, etc ♡ ⊙v⊙