A presidente sul-coreana Park Geun-Hye e o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, confirmaram nesta quinta-feira a parceria, já existente entre as duas nações, reconhecendo conjuntamente a necessidade de manter um poderoso sistema de defesa na península contra a Coreia do Norte.
Em uma conversa telefônica que durou cerca de 10 minutos, Trump repetidamente afirmou que Washington está “do lado” da Coreia do Sul.
“A aliança entre a Coreia e os Estados Unidos cresceu em confiança nos últimos 60 anos e estabeleceu os alicerces da paz e da prosperidade na região da Ásia e do Pacífico“, disse Geun-Hye à Trump, depois de expressar seus parabéns pela vitória eleitoral.
“Espero que (nós) continuemos a reforçar e desenvolver a nossa aliança em vários setores em prol do interesse mútuo“.
Ao que o novo presidente dos EUA respondeu dizendo que “concorda 100%”, reconhecendo a necessidade de contínuos laços bilaterais.
“Estaremos com você durante toda a jornada e não vacilaremos“, disse Trump.
Park Geun-Hye e Donald Trump também expressaram esperança em uma cúpula bilateral num futuro próximo, possivelmente na forma de uma visita de Trump à Seul.
A primeira conversa oficial foi em tom amistoso, de acordo com o porta-voz da Casa Azul, Jung Youn-Kuk.
Os dois homólogos colocaram grande parte do foco da conversa na manutenção da posição atual contra a Coreia do Norte.
Descrevendo o armamento nuclear do regime recluso como “uma das maiores ameaças”, Geun-Hye reiterou pedidos de medidas restritivas poderosas contra o Norte.
“Considerando os casos passados do Norte, fazendo provocações sobre a transição da administração dos EUA, devemos nos comunicar de antemão para responder com severidade, caso tais provocações ocorram“, disse ela.
A resposta consensual de Trump foi de que Washington trabalhará com Seul em resposta à instabilidade da Coreia do Norte. “Vamos estar com vocês 100%“, disse ele. – “Todos ficaremos seguros, juntos“.
A ênfase de Geun-Hye na relação com a Coreia do Norte estava em linha com suas observações anteriores após receber relatórios detalhados do Conselho de Segurança Nacional após o anúncio de da eleição de Trump como 45º presidente eleito dos Estados Unidos.
“Considerando as crescentes ameaças nucleares e de mísseis da Coreia do Norte, exijo que (o governo) construa uma relação de cooperação com a nova administração dos Estados Unidos durante a sua fase de transição“, disse ela.
A conversa telefônica veio em meio ao crescente nível de preocupação de Seul com a vitória inesperada do conservador homem de negócios convertido em político e à incerteza política, de segurança nacional e econômica da Coreia.
O contato respondeu também a um crescente nível de ansiedade diplomática uma vez que o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe já tinha falado com Trump por telefone mais cedo e concordou em reunir-se com o presidente eleito nos EUA na próxima semana. A conversa de Park Geun-Hye com Trump começou às 9:55 da manhã, cerca de 1 hora e meia depois de o chefe do estado do Japão ter recebido seu telefonema.
O fato de a chamada direta ter ocorrido menos de um dia depois que Trump ganhou seu passe para a Casa Branca refletiu a importância que ambas as nações atribuem à sua parceria bilateral, declararam os observadores.
Em 2008, quando Barack Obama foi eleito presidente dos EUA, seu telefonema com o então presidente Lee Myung-Bak aconteceu dois dias após os resultados das eleições. Após a reeleição de Obama em 2012, a correspondente chamada diplomática ocorreu uma semana após as eleições.
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