Na foto destacada, as ginastas Hong Un Jobg e Lee Eun Ju, da Coreia do Norte e do Sul respectivamente, se confraternizam durante as Olímpiadas de 2016 no Rio de Janeiro. Na época, talvez elas não soubessem o quanto seus países tornariam a se aproximar.
As Coreias do Sul e do Norte concordaram em se candidatar juntas para sediarem às Olimpíadas de 2032. A decisão foi tomada durante uma reunião entre Moon Jae-in, presidente da Coreia do Sul, e Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte. Nessa mesma reunião, foi prometido que a Coreia do Norte desativará algumas plantas que produzem combustíveis para armas nucleares.

Nos últimos anos, as Coreias fortaleceram seus laços esportivos, inclusive participaram de alguns eventos internacionais com times mistos, como aconteceu com o time feminino de hockey, nas Olimpíadas de Inverno de Pyeongchang.
O anúncio foi simples e o presidente Moon não entrou em detalhes, mas já se pergunta como uma sociedade fechada como a norte-coreana lidará com o grande fluxo de atletas, fãs e mídia internacional.
Seul já foi sede das Olimpíadas, em 1988. Haviam planos para que, durante os jogos de 1988 e os de inverno, de 2018, alguns eventos acontecessem na Coreia do Norte, mas todos os planos falharam.

De acordo com a Yonhap, o Ministro dos Esportes da Coreia do Sul, Do Jong-hwan, já havia comentado sobre a proposta:
“É uma proposta de sediarmos o evento em Seul e Pyongyang. As Olimpíadas de Inverno de Pyongchan mostraram os valores olímpicos muito bem. Eu espero que a paz no nordeste asiático possa continuar através dos esportes”.
A simples ideia de que as Coreias possam se candidatar juntas é um incentivo poderoso para que os países – que estão em guerra há mais de 6 décadas – continuem as conversas de paz.
A decisão da sede de 2032, normalmente, não aconteceria até 2025 e as Coreias já tem rivais: Alemanha, Austrália, Índia, África do Sul e Indonésia já expressaram interesse em sediar o evento.
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