
O Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos instou as duas Coreias a permitir reuniões e o contato entre famílias separadas pela Guerra da Coreia (1950-53).
A filial do Escritório em Seul convocou esforços conjuntos do Sul e do Norte no Facebook, no dia 15 de maio, marcando o Dia Internacional das Famílias.
“Cerca de 65% dos membros das famílias que ainda estão vivos têm mais de 80 anos. O Escritório de Direitos Humanos da ONU urge que as duas Coreias permitam o contato permanente entre famílias separadas, através de reuniões, cartas, ligações telefônicas e mensagens de vídeo”, apresentou o documento.

Em um relatório de agosto de 2019 sobre a situação dos direitos humanos na Coreia do Norte, a ONU fez apelos semelhantes. “Tomem as medidas necessárias, em colaboração com a República da Coreia, para resolver as questões da separação de famílias como uma questão prioritária e garantir que existam mecanismos permanentes para os parentes de ambos os países, para que eles possam permanecer em contato e ter reuniões periódicas, tendo em mente que esses reencontros devem se tornar rotineiros e incluir muito mais pessoas, inclusive coreanos afetados em todo o mundo”, colocou o relatório.
As reuniões de famílias separadas começaram em 2000 e a 21ª rodada, que foi a última, ocorreu em agosto de 2018. Na Declaração de Pyongyang anunciada após a terceira cúpula entre o Presidente Moon Jae-in e o líder norte-coreano Kim Jong-un em setembro de 2018, as duas Coreias concordaram em abrir uma instalação no Monte Geumgang, no Norte, o mais rápido possível, para reuniões regulares de famílias separadas. Eles também concordaram em buscar fazer, primeiramente, videoconferências entre os membros das famílias.

No entanto, esses acordos não avançaram muito, pois as negociações de desnuclearização entre a Coreia do Norte e os EUA foram paralisadas e as relações inter-coreanas também enfrentaram um impasse.
De acordo com dados do Ministério da Unificação sobre as pessoas no Sul que se inscreveram para reuniões de famílias separadas, 39,6% estavam na faixa dos 80 anos e 26% na faixa dos 90 anos.
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